Sensibilização para a temática racial pauta letramento da Fase
Desenvolvida em quatro encontros, atividade é ministrada pelo professor e educador antirracista, Humberto Baltar
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A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) realizou, nesta terça-feira (11/3), o lançamento do Letramento Racial destinado aos servidores que atuam nas oito regionais do Estado. Serão quatro encontros com foco na conscientização sobre o racismo e o combate à discriminação. A iniciativa será realizada de maneira virtual também nos dias 13, 18 e 20 de março.
Desenvolvida pela Diretoria de Qualificação Profissional e Cidadania (DQPC), por meio da Coordenação de Formação Permanente (CFP) e do Núcleo de Treinamento, Estágio e Voluntários (NTEV), o treinamento tem como facilitador o professor de Paternidades Pretas na pós-graduação de Crianças, Adolescentes e Famílias do Ministério Público do Rio de Janeiro, Humberto Baltar. Ele é coautor do livro "Seja Potência Negra, pela Identidade Conquista".
Na aula inaugural, o educador adiantou as principais diretrizes da formação, com destaque para a sensibilização para a temática racial, a contextualização histórica, os conceitos-chave, as manifestações contemporâneas do racismo e as perspectivas de futuro.
“Quando a questão racial não é abordada, isso acaba reforçando a exclusão”, refletiu o profissional, parabenizando a Fase pela iniciativa. “A escola e a universidade não oferecem um repertório adequado sobre o tema. Também é necessário a formulação de políticas públicas eficazes para combater o racismo e promover a igualdade racial”, completou.
A coordenadora de Formação Permanente da Fase (CFP), Jamille Serres, destacou que o letramento racial é uma ferramenta fundamental para desconstruir preconceitos e estereótipos que perpetuam a desigualdade racial.
Formação e relevância
“O debate é fundamental para nos preparar para as ações práticas”, destacou o presidente José Stédile, justificando a definição do tema para o treinamento. “É preciso valorizar a cultura negra para a história do Brasil, além de reforçar pautas visando a igualdade e a garantia de direitos para a população negra”, completou, agradecendo ao professor pela participação.
A aula inaugural também contou com a presença da diretora Administrativa, Simei Pilotti, que reforçou a relevância da atividade para a construção de relações mais empáticas e justas. “A sociedade precisa reconstruir a sua forma de pensar e de agir”, pontuou.