Direcionado aos jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos em idade própria, o Encceja PPL 2024 mobilizou servidores e adolescentes atendidos pela Fundação de Atendimento Socioeducativo nesta semana. A Fase contou com 155 socioeducandos participando do exame que visa a conclusão dos ensinos Fundamental e Médio.

As provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) foram aplicadas, entre terça e quarta-feira (29 e 30/10), nas escolas estaduais anexas às unidades de internação da Fase nas oito regionais Estado. O certificado do Encceja tem o mesmo valor de um diploma de uma escola de ensino fundamental ou médio, pois reconhece oficialmente que o estudante cumpriu todas as disciplinas do núcleo comum.

Dos 155 jovens da Fase que participaram, 95 adolescentes prestaram prova de certificação nível Fundamental e 60 adolescentes fizeram o exame de certificação nível Médio. “O Encceja permite a retomada da trajetória escolar e também serve para avaliarmos como está o desempenho dos jovens na área educacional. A educação seguirá sendo o carro-chefe do nosso trabalho”, refletiu o presidente José Stédile.

“Achei a prova tranquila, não achei difícil”, destacou um jovem de 18 anos atendido pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique (Case PC), em Porto Alegre. Aluno do 2º ano do Ensino Médio, ele concluirá a educação básica caso tenha sucesso no exame. “Demorei mais para entregar a prova de português e para terminar a redação. Se tiver a oportunidade de continuar estudando, pretendo fazer o curso de Educação Física”, completou o estudante da Escola Estadual de Ensino Médio Senador Pasqualini.

A inscrição dos jovens no exame nacional é fruto de um trabalho conjunto desenvolvido pelos servidores da Fundação. Destaque para a atuação de analistas pedagogos, diretores das unidades, agentes socioeducadores e diretores/professores das escolas anexas às unidades socioeducativas.

“O Núcleo de Escolarização da Fase acompanhou todas as etapas, por meio de contatos telefônicos, mensagens virtuais e visitas presenciais às unidades da capital antes, durante e depois das provas”, destacou a chefe do Núcleo de Escolarização da Fase, Jamille Cordeiro.

O Encceja PPL tem o mesmo nível de dificuldade do regular. A única diferença está na aplicação, que ocorre dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de cada unidade da Federação.